O Brasil virou a terra das investigações criminais. Nos últimos dois dias, dois grandes inquéritos tomaram conta do noticiário nacional. Na terça-feira (26), membros da Polícia Federal do Rio de Janeiro cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador do Estado, Wilson Witzel, em meio a operação “Placebo”, que investiga a possível fraude no orçamento de caixas d’água compradas para serem instaladas nos hospitais de campanha cariocas. De acordo com dados da investigação, Witzel teria o comando destas ações, sendo ajudado por sua esposa, Helena Witzel e pelo ex-secretário estadual da Saúde, Edmar Santos.

Já na quarta (27), a Polícia Federal voltou a ativa, desta vez a pedido do STF (Supremo Tribunal Federal) para cumprir mandados de busca e apreensão contra políticos, empresários e ativistas bolsonaristas em meio a investigação sobre a propagação de Fake News no país. O foco da PF é desmantelar um grupo suspeito de comandar uma rede de divulgação de notícias falsas. E tudo isso em meio a rixas entre diversos poderes do país.

É claro que essas investigações (e muitas outras que estão em curso) são importantes para o país, no intuito de esclarecer algumas situações bem estranhas. No caso da investigação contra o governador do Rio de Janeiro, se há suspeitas de fraudes na utilização de dinheiro público, um inquérito é mais do que necessário para averiguar o caso e determinar punições, caso a tramoia seja comprovada. Assim como já passou da hora de se investigar com seriedade a quantidade de Fake News que foram e ainda estão sendo produzidas no Brasil, algo que pode ser muito danoso para todos.

Entretanto, o que não se pode é utilizar essas investigações como instrumentos políticos para prejudicar adversários ou desafetos. Mesmo que não seja o caso, é sempre bom ficar de olho, pois inquéritos como esses precisam atender o interesse de todos e não apenas de alguns brasileiros...